Tudo o que tu fazes é com um único propósito
Viver, não apenas sobreviver, a ler o Simpósio.
Sócrates, Platão, Aristóteles ou Arquimedes
Tudo se resume a uma coisa, aquilo que tu queres.
Fico horas a ouvir-te, fico estupefacto.
Aquilo que tu dizes podia ser escrito em contracto.
Tempo incerto a discutir Sartre, Rousseau ou Descartes.
Passando pelos clássicos, o amor de Vénus e Marte.
É mútua consideração,
Qual Abel, qual quê...
Lembras-me o João.
Aquela criança sem preocupações,
Toda a vida à sua frente,
Sem jogos de emoções.
A pura ingenuidade de uma jovem mente,
Um símbolo da verdade, sujeita à indecente
Forma de viver desta gente demente que só se preocupa em amealhar o seu
Não quer saber de mais ninguém, é como a Julieta esquecer o Romeu.
Chega deste sistema, infestado de problemas,
Chega destes esquemas, pára!
Apenas por um segundo vê, olha e repara.
O que há para melhorar? É tanta coisa...
Vais falar e discursar mas não há ninguém que te oiça.
Eu não quero ser melhor que ninguém,
Apenas quero viver sem dever a alguém
O meu pão do dia, a minha jola à noite,
Mas olho para o futuro e está tudo feito num oito.
Neste mundo em que a vida é uma aventura
Eu já só penso em formas de ruptura.
Está na hora de usar a cabeça,
Perceber o que nos fazem, desmanchar o jogo peça a peça.
Não se pode esperar mais, o tempo é o agora.
Acabou todo o tipo de margem de manobra.
Chega de fugir, está na hora de agir
Mantém-te pronto, a Revolução vai surgir.
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